sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Kadafi teria sido abusado sexualmente antes de morrer

Quinta, 27 de Outubro de 2011 - 07:23
O ex-ditador Muamar Kadafi pode ter sido vítima de abuso sexual momentos antes de morrer. O Conselho Nacional de Transição da Líbia confirmou nesta quarta-feira (26) à rede de notícias BBC que a hipótese tem sido investigada, após surgirem novas imagens da captura do ex-ditador, em Sirte, em que é possível ver várias pessoas ao redor de uma pessoa de uniforme cáqui, bastante ensanguentada. “A gravação parece mostrar o ex-ditador da Líbia sendo submetido a um abuso sexual", avalia a correspondente da BBC Katya Adler. O corpo, em seguida, é levado pelos combatentes até uma caminhonete. Kadafi, que comandou a Líbia por 42 anos, morreu na quinta-feira (20) e foi sepultado na terça (25) em um local secreto na Líbia, informou a rede de TV al-Jazeera. Clique aqui e veja o vídeo (cuidado, cenas fortes).

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Comunidade internacional abre "guerra" pelo petróleo da Líbia


 tem sido o troféu das guerras contemporâneas. Quem não esteve do lado "certo" desde o início do conflito, está a fazer piruetas. A China é a mais forte candidata à medalha de ouro da acrobacia diplomática.
No terreno, o cheiro ainda é de pólvora. Mas é atrás do cheiro do “ouro negro” que estão já as maiores potências internacionais. 

Consolidada a expectativa de que o regime de Muammar Kadhafi morreu ontem ao fim de quatro décadas com a ocupação do seu quartel-general pelas forças rebeldes, todos os países estão a mexer peças no sentido de se aproximarem do conselho de transição, que tenciona marcar eleições dentro de oito meses, e de reposicionarem as respectivas empresas e investimentos energéticos num dos países mais ricos em petróleo e gás.

Segundo a agência Bloomberg, a italiana Eni, dona de um terço da Galp, está a fazer lóbi junto dos líderes rebeldes para manter a sua liderança como produtor de energia na Líbia. Um estatuto assegurado dadas as boas relações entre Kadhafi e Sílvio Berlusconi, que só em Abril e muito a contragosto permitiu que forças aéreas italianas se juntassem à operação da NATO

Ainda segundo a Bloomberg, que cita uma fonte anónima, a Eni quer assegurar-se que não vai perder terreno para a Total francesa, que dispõe da vantagem política de Nicolas Sarkozy ter sido o primeiro líder mundial a reconhecer o movimento rebelde como interlocutor legítimo na Líbia. E quer também travar caminho às petrolíferas britânicas e norte-americanas, cujos países tomaram a dianteira no apoio ao movimento para derrubar o ditador.

Em 2010, a Eni assegurou na Líbia – antiga colónia italiana – cerca de 15% de sua produção mundial. A Total, cerca de 2,5%.

Emergentes tomam posição
Mas à medida que os rebeldes avançavam sobre Tripoli, a maior pirueta diplomática era dada em Pequim. Depois de se ter sempre mostrado contra a intervenção da NATO num Estado soberano, numa linha igualmente defendida pela Rússia (que também se absteve quando a ONU votou a intervenção da Aliança Atlântica), o Governo chinês mudou ontem de discurso. 


Em comunicado citado pela Reuters, o ministério dos Negócios Estrangeiros afirma que a China “respeita a escolha do povo líbio” e “sempre reconheceu importância do papel do Conselho nacional de Transição na resolução dos problemas do país”. 

Pequim quer agora que os esforços de reconstrução do país sejam coordenados pela ONU, onde a potência asiática tem assento no Conselho de Segurança, e não pelas potências ocidentais que financiaram, armaram e lutaram ao lado dos rebeldes. E estará por detrás da posição concertada que os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) deverão apresentar nas Nações Unidas.

A China fez nos últimos anos grandes investimentos no país e no ano passado obteve na Líbia 3% do petróleo importado (o que corresponde a 10% das exportações líbias).
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ONU declara crise de fome em três novas regiões da Somália


 
Criança recebe comida em um acampamento, em Mogadíscio. Foto: AP Criança recebe comida em um acampamento, em Mogadíscio


A fome se estendeu a três novas regiões do sul da Somália, informou nesta quarta-feira a Unidade de Análise da ONU para a Segurança Alimentar e Nutrição (FSNAU, siglas em inglês). Estas novas regiões incluem duas zonas para as quais fugiram milhares de somalis em busca desesperada de alimentos.
"A fome está presente. As três zonas são o assentamento de deslocados do corredor de Afgoye, a comunidade de deslocados de Mogadíscio - nos sete distritos da cidade - e os distritos de Balaad e Adale em Middle Shabelle", afirmou Grainne Molony, chefe da FSNAU na Somália.
As Nações Unidas declararam crise de fome no mês passado nas regiões de Bakool e Baixa Shabelle, no sul da Somália, devido à prolongada seca no Chifre da África. Até 409.000 somalis estão registrados na zona do corredor de Afgoye, o maior acampamento de deslocados do mundo, afirmou Moloney.

  1. Veja as fotos

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Milhares deixam Somália fugindo da fome e da seca

Refugiado somali segura criança do lado de fora de sua tenda em campo de refugiados gigante de Dadaab, no Quênia. As Nações Unidas afirmaram na sexta-feira que a Somália, Quênia e Etiópia passam pela "pior crise alimentar" dos últimos anos.